quinta-feira, 11 de abril de 2013

O soro da verdade funciona?


Não como todo mundo pensa. Várias substâncias entorpecentes e sedativas, incluindo o ecstasy, a maconha e o LSD, já foram utilizadas como “soro da verdade” desde que o termo surgiu, no início do século 20. Mas, até hoje, nenhuma pesquisa científica conseguiu descobrir uma droga que faça a pessoa perder o controle de si e falar somente a verdade. A ONU é contra o uso desse tipo de substância e, para a Anistia Internacional, utilizar supostos soros da verdade em interrogatórios é considerado um meio de tortura.





A VERDADE DÓI
Soros foram usados por décadas, mesmo com efeitos colaterais e sem eficiência garantida
Culpa do Dr. House.
Por volta de 1915, um obstetra dos EUA, Robert House, notou que mulheres em trabalho de parto anestesiadas com escopolamina falavam sinceramente sobre vários assuntos. Então, em 1922, ele testou a droga em dois suspeitos de um crime. Eles negaram as acusações e foram inocentados


SEGREDO DE ESTADO
Estudos da CIA afirmam que barbitúricos (tipo de sedativo), como o pentotal sódico, poderiam ser usados para baixar a guarda de uma pessoa, revelando sua capacidade de falar outro idioma, por exemplo. Especula-se que a própria agência já tenha utilizado soros da verdade em interrogatórios


FALA BRASIL!
No período da Ditadura Militar, o soro foi usado como forma de tortura nas prisões brasileiras. O pentotal sódico era injetado com a intenção de fazer o preso delatar planos e esconderijos. Mesmo com a supervisão de médicos, havia muitos efeitos colaterais, como alucinações


PEGA NA MENTIRA
O governo da Índia condena, mas são frequentes as denúncias sobre utilização do soro em algumas regiões do país. Laboratórios regulam o uso de narcóticos em interrogatórios. Em 2012, policiais pediram autorização para aplicar o pentotal sódico em um político suspeito de corrupção


DENTRO DO CÉREBRO
Substâncias causam problema de comunicação
A maioria dos soros da verdade atua no cérebro, inibindo a produção do neurotransmissor acetilcolina. Isso afeta o envio de informações dos neurônios a outras células. A pessoafica mais desinibida e com a capacidade de julgamento alterada. O coração dispara e é possível ter alucinações, febre alta e convulsões



CONSULTORIAAna Luiza Camargo, coordenadora da área de psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein, Mara Fernandes Maranhão, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein FONTES The Guardian, Scientific American, site do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo

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